Segunda classe
A tela que inspirou este trabalho é da fase social e
Tarsila do Amaral, ocorrida após viagem à União Soviética, retrata a drástica
mudança na escolha das cores, em relação à fase anterior, que era influenciada
pelo cubismo europeu descoberto na Paris de 1924. Nessa fase social Tarsila
passa a questionar o novo panorama econômico, político e social resultante da
industrialização e do capitalismo, que trás como reflexos o desemprego; a
injustiça social; o Infortúnio no centro urbano; a súplica do excluído; o êxodo
rural e a imigração. Ela opta, então, por cores mais escuras, sugerindo um
clima sombrio e de desesperança do povo brasileiro, desprovido de valor com
seus pés descalços e rostos tristes. Obra de referência: "Segunda Classe”
(1933) deTarsila do Amaral (1886-1973).quinta-feira, 20 de novembro de 2014
terça-feira, 30 de setembro de 2014
Mestres medievais da medicina
MUITOS aspectos da medicina moderna talvez não sejam tão modernos como alguns acham. Muitas das práticas médicas comuns de hoje já eram usadas séculos atrás em alguns países. Veja, por exemplo, a história da medicina nos tempos medievais no Oriente Médio.
Em 805 EC, o CALIFA HARUN AL-RASHID fundou um hospital em sua capital, Bagdá. Do 9.° ao 13.° século, outros governantes construíram e administraram hospitais em todo o império islâmico, da Espanha até a Índia.
Esses hospitais atendiam pessoas ricas e pobres de todas as religiões. Além de tratar doentes, os médicos faziam pesquisas e treinavam novos profissionais. Havia alas para diferentes especialidades: clínica geral, oftalmologia, ortopedia, cirurgia, doenças contagiosas e distúrbios mentais. Médicos, acompanhados de seus alunos, examinavam os doentes toda manhã, prescreviam dietas e receitavam remédios. E farmacêuticos preparavam remédios no próprio hospital. Havia também o setor administrativo, que cuidava, dentre outras coisas, de registros, supervisão da preparação de alimentos e controle de despesas — assim como hoje.
Historiadores consideram esses hospitais “uma das maiores realizações da sociedade islâmica medieval”. Em todo o império islâmico, “o hospital, como instituição, estava se desenvolvendo de formas revolucionárias que definiriam o rumo das ciências da saúde e da assistência médica até os tempos modernos”, disse o autor e historiador Howard R. Turner.
RAZES nasceu em meados do nono século na antiga cidade de Ray, hoje um bairro de Teerã. Ele é chamado de “o maior médico e clínico do islamismo — na verdade, de toda a Idade Média”. Para o benefício de outros médicos, esse pensador científico registrou seus métodos experimentais, as circunstâncias, os equipamentos e os resultados. Ele aconselhava todos os médicos a se manter em dia com os avanços mais recentes de sua área.
Razes realizou muitas façanhas. Por exemplo, seus escritos médicos constam em Al-Hawi, uma coleção de 23 volumes que está entre as grandes obras médicas. Dizem que a origem da obstetrícia, ginecologia e cirurgia oftalmológica remonta a essa coleção. Dentre suas 56 obras sobre assuntos médicos estão as descrições confiáveis mais antigas sobre varíola e sarampo. Razes também descobriu que a febre é uma das defesas do corpo.
Além disso, ele administrou hospitais em Ray e Bagdá, onde seu trabalho com doentes mentais lhe rendeu o título de pai da psicologia e psicoterapia. Além da medicina, Razes também encontrou tempo para escrever livros sobre química, astronomia, matemática, filosofia e teologia.
AVICENA, outro grande nome da medicina, veio de Bukhara, no atual Uzbequistão. Ele se tornou um dos maiores médicos, filósofos, astrônomos e matemáticos do século 11. Avicena escreveu uma enciclopédia, o Cânon da Medicina, que abrangia todo o conhecimento médico disponível na época.
Avicena disse em seu Cânon que a tuberculose é contagiosa, que as doenças podem ser transmitidas através da água e do solo, que as emoções afetam o bem-estar físico e que os nervos transmitem tanto dor como impulsos para a contração muscular. O Cânon descrevia cerca de 760 preparações farmacológicas — suas propriedades, efeitos e indicações — e fornecia princípios para testar novas drogas. Traduzido para o latim, esse texto foi usado em escolas médicas europeias por séculos.
ALBUCASIS também se destaca na história da medicina. Esse inovador do décimo século, natural da Andaluzia, na atual Espanha, produziu um compêndio de 30 volumes, incluindo um tratado de 300 páginas sobre cirurgia. Nele, Albucasis descreveu procedimentos avançados como uso de categute para suturas internas, remoção de cálculos da vesícula usando um instrumento inserido pelo canal urinário, tireoidectomia e remoção de cataratas.
Albucasis usava o que é descrito como “técnicas clínicas relativamente modernas” para facilitar partos difíceis e tratar ombros deslocados. Ele introduziu o uso de algodão como atadura e gesso para imobilizar fraturas. Também descreveu técnicas para reimplantar dentes, fazer dentaduras, corrigir dentes desalinhados e remover tártaro.
O tratado de Albucasis sobre cirurgia ilustrou pela primeira vez instrumentos cirúrgicos. Ele apresentava desenhos claros de cerca de 200 desses instrumentos e dava orientações sobre como e quando usá-los. Alguns dos instrumentos projetados por ele sofreram poucas modificações em mil anos.
O conhecimento chega ao Ocidente
Nos séculos 11 e 12, eruditos começaram a traduzir textos médicos árabes para o latim, especialmente em Toledo, Espanha, e em Monte Cassino e Salerno, Itália. Os médicos estudaram essas traduções em universidades de todas as regiões da Europa onde se falava o latim. Assim, o conhecimento médico do Oriente Médio “penetrou fundo na Europa nos séculos seguintes, talvez mais do que qualquer outra ciência islâmica”, comentou o escritor científico Ehsan Masood.
Como vimos, as descobertas e invenções de mestres medievais como Razes, Avicena, Albucasis e seus contemporâneos podem ser descritas como a base do que hoje chamamos de medicina moderna.
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
A Redenção de Cã - o ideal de branqueamento
Miscigenação
Óleo sobre tela mostrando uma cena pitoresca que retrata os primórdios da miscigenação racial que ocorria no Brasil no século 19: uma negra ergue as mãos para o céu em agradecimento a Deus por ter conseguido "branquear" sua prole.
O nome da pintura faz referência à Bíblia. Cã, filho mais novo de Noé, fora amaldiçoado pelo pai por ter rido da nudez do ancião, que, durante um porre de vinho, despira-se na frente de sua família.
O nome da pintura faz referência à Bíblia. Cã, filho mais novo de Noé, fora amaldiçoado pelo pai por ter rido da nudez do ancião, que, durante um porre de vinho, despira-se na frente de sua família.
Bom, a pintura que abre essa postagem é do pintor espanhol radicado no Brasil, Modesto Brocos y Gómez (1852 - 1936) que "deu à luz" essa tela em 1895. Nessa época, o racismo possuía ares de ciência e a explicação ou os argumentos que defendia a escravidão eram todos baseados no cientificismo.
A maldição de Noé contra Cã foi a seguinte: a partir daquele dia, seus descendentes nasceriam com a pele negra e povoariam a região que hoje conhecemos como África.
Modesto Brocos deu a essa tela o nome de "A Redenção de Cã" em alusão ao personagem bíblico de mesmo nome, filho de Noé. Segundo Gênesis, Noé se embriaga com vinho e deita sem roupa. Sem e Jafé o cobrem em respeito, mas Cã zomba da nudez do pai. Ao saber do acontecido após acordar, Noé fica furioso e grita:
"'Maldito seja Canaã! Escravo de escravos será para os seus irmãos".Disse ainda: 'Bendito seja o Senhor, o Deus de Sem! E seja Canaã seu escravo. Amplie Deus o território de Jafé; habite ele nas tendas de Sem, e seja Canaã seu escravo.'"
Gênesis, 9; 25, 26, 27
Muitas são as interpretações para essa passagem. Uma delas é de que, durante o repovoamento da Terra após o Dilúvio, os três filhos de Noé tenham gerado as raças ou povos que temos hoje. No caso, Sem teria gerado descendentes que mais tarde formariam a Europa, Jafé formaria a Ásia e Cam, com sua maldição, teria gerado os africanos e outras raças inferiores. Essa interpretação serviria como defesa para a escravidão dos negros.
A maldição de Noé contra Cã foi a seguinte: a partir daquele dia, seus descendentes nasceriam com a pele negra e povoariam a região que hoje conhecemos como África.
Redenção de Cã, feito pelo espanhol Modesto Brocos y Gomes, em 1895. Ilustra a Influencia do pensamento racista que prevalecia no período imperialista. A Redenção seria o braqueamento da raça, que faria os suposto descendentes de Cã adquirirem uma condição considerada superior. O racismo é evidente no quadro. É importante ressaltar também a posição da mulher, sentada como uma conhecida representação da virgem Maria, com o menino Jesus no braços. A ideia de redenção, assim, é reforçada.
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
REVOLUÇÃO FRANCESA - CRUZADINHA
ATIVIDADES
- REVOLUÇÃO FRANCESA
Revolução
Francesa
Os
franceses do séc. XVIII viviam uma situação de extrema injustiça social. A
França era uma monarquia absolutista (o rei controlava a economia, a justiça, a
política e até a religião dos súditos. Não existia democracia ( os
trabalhadores não votavam)
Os oposicionistas
eram presos na Bastilha (prisão) ou condenados à guilhotina. A sociedade era
estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social, estava o clero.
Abaixo a nobreza (rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres).
A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses
e burguesia) que, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e
pagamento de impostos. Os trabalhadores desejavam melhorias na qualidade de
vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor,
desejava uma participação política maior e mais liberdade econômica. Isso deu
início a Revolução Francesa (14/07/1789) .
O povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início da revolução, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa. O lema dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
O povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início da revolução, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa. O lema dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
Durante a
revolução grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real
(rei Luis XVI e Maria Antonieta) foi capturada e guilhotinada. O clero teve os
bens (da igreja) confiscados.
Em 1789, a
Assembleia Constituinte cancelou todos os direitos feudais e promulgou a Declaração
dos Direitos do Homem e do Cidadão, que garantia direitos iguais aos
cidadãos, além de participação política para o povo.
Girondinos
e Jacobinos-Após
a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a
surgir com opiniões diversificadas. Os girondinos representavam a alta
burguesia e queriam evitar a participação dos trabalhadores urbanos e rurais na
política.
Os jacobinos representavam
a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo.
Liderados por Robespierre e Saint-Just, eram radicais e defendiam mudanças na
sociedade que beneficiassem os pobres.
A Fase do
Terror - Os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat
assumem o poder e organização as guardas nacionais. Estas recebem ordens para
matar os oposicionistas do novo governo. Muitos foram condenados a morte.
A
burguesia no poder - Os girondinos assumem o poder e começam a instalar um
governo burguês. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da
burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general Napoleão
Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de Brumário. Com o
objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês. Napoleão
assumiu o cargo de primeiro-cônsul da França, instaurando uma ditadura.
Conclusão
- A Revolução Francesa significou o fim do sistema absolutista e dos
privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais
passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou.
Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio
social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram
estabelecidas. A Revolução influenciou com seus ideais iluministas a
independência de alguns países da América Espanhola e a Inconfidência
Mineira no Brasil.
RESOLVA A
CRUZADINHA.
1-Quando o
rei controlava a economia, a justiça, a política e até a religião dos súditos a
monarquia é__________________________________
2- Quando
o povo não vota falta ________________________
3 – A
sociedade, durante a Revolução Francesa era ____________________
4-
Os condenados á morte na frança eram __________________________________
5- A
sociedade francesa era estratificada, composta pelo clero, nobreza e
trabalhadores que sustentava a todos com seu trabalho e pagamento de
________________
6- Os
___________________________ eram chamados de terceiro estado.
7- A
_________________________ participou da revolução porque desejava
participação política e mais liberdade econômica.
8-
________________________ era rei da França durante a revolução e foi
guilhotinado
9- O que
marcou o início da revolução foi a ______________________________
10-
Durante a revolução a família real foi guilhotinada e o clero teve os bens _______________________________
11- A
Assembleia Constituinte promulgou a Declaração dos __________________ do Homem
e do Cidadão
12- A
declaração dos direitos Humanos garantia direitos iguais aos _______________ e
participação política.
13- Depois
da revolução o povo assume o poder apoiados pelos _________________ que
defendiam uma maior participação popular no governo.
14- Os
girondinos não queriam a participação dos trabalhadores colocaram
_____________________________ no poder.
15- ______________________________
era o principal líder dos jacobinos.
16- A
época da revolução marcada pela organização da guarda nacional e pelo
assassinado de muitos foi chamada de __________________________________
17- A
Revolução Francesa pôs fim ao absolutismo e aos _________________________ da
nobreza. O povo ganhou direitos e passou a ser respeitado.
18- A
Revolução influenciou com seus ideais iluministas a
independência de alguns países e a ________________________________ no
Brasil.
quinta-feira, 12 de junho de 2014
FULECO 2014
O mascote "Fuleco" ou tatu-bola é o mascote da Copa do Mundo FIFA de 2014, a ser realizada no Brasil. Ele é da família das bolas, conhecida como tatu-bola-da-caatinga, que encontra-se em estado de espécie ameaçada de extinções.
A origem etimológica do nome "Fuleco" é a união das palavras "futebol" e "ecologia".
Foi escolhido em cima das opções Amijubi (amizade e júbilo) e Zuzeco (azul e ecologia), em uma votação de quase 1,7 milhão de fãs do esporte. A sua data de nascimento foi escolhida para coincidir com o Ano-Novo.
O diretor de marketing da Federação Internacional de Futebol (FIFA), Thierry Weil, comentou sobre Fuleco: "Não apenas ele é conhecido e reconhecido pela grande maioria dos brasileiros, mas também parece ter construído um relacionamento com os fãs de futebol e tornou-se uma figura popular, ganhando assim um apelido carinhoso de 'tatu-bola'. Ele está rapidamente se tornando o mais bem sucedido mascote da Copa do Mundo FIFA de todos os tempos". os tempo
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