quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Garibaldi Manoela:Uma História de Amor- Josué Guimarães


 



Garibaldi & Manoela: uma história de amor

Autor(a)

Josué Guimarães


 Editora

L&PM

Data da Edição

Inverno de 20092. Escolha do livro 2.1. Motivos que levaram à escolha do livro

O que me levou a escolher esse livro foi a minha paixão por histórias de amor, mas histórias de amor com finais reais, e não o famoso “foram felizes para sempre”. E assim que eu li a sinopse desse livro, percebi que era esse tipo de amor que nele se trataria. Além de ser um romance que fez parte de um momento histórico do meu país.

 Alguns dados biográficos

Josué Marques Guimarães foi jornalista e escritor. Nasceu na cidade de São Jerônimo, Rio Grande do Sul, em 1921. Viveu e trabalhou em Porto Alegre, Rio de Janeiro e Lisboa, sempre escrevendo para jornais e revistas. Foi ligado a movimento políticos humanistas de esquerda. Trabalhou para o PTB, com o presidente João Goulart, e por isso foi perseguido pela ditadura Militar instalada em 1964. Começou a escrever literatura apenas com 49 anos. Um homem de opinião que faleceu em 1968 em Porto Alegre, com a sensação de dever cumprido para com a mensagem de arbitrariedades para com a humanidade.


Literatura Brasileira:

Resumo:

O livro conta a história de amor entre Manoela e Giuseppie Garibaldi, um italiano revolucionário, que no auge da revolução Farroupilha lutava muito mais pelo amor de Manoela do que para se tornar um nome histórico no Brasil, num momento onde o desejo de que o Rio Grande do Sul fosse uma República independente os corações apaixonados dos dois desejava muito mais.

E foi nesse clima de guerra que o amor dos dois se fortalece, pois apesar de Garibaldi ser o braço direito do comandante da revolução e Manoela ser a sobrinha adorada de Bento Gonçalves, ele não aceitava aquela união, pois a qualquer momento a sobrinha poderia ser viúva solitária e infeliz, de um homem que tinha como ideal Revolucionar por onde passasse.

E mesmo sendo correspondido é levado por Maria Manoela, mãe da moça Manoela, a pedido de Bento a crer que Manoela se casará com Joaquim, filho de Bento Gonçalves.
Garibaldi teve então atitude de homem que espera Bento, afastou-se de Manoela, mas não abandonou em momento algum os ideais revolucionários, que era fazer do sul uma república independente do Brasil. Assim seguiu sua vida lutando arduamente contra os adversários. Traçando planos para deter os inimigos junto de Bento, que ficou um pouco incomodado de ver a lealdade de Garibaldi, sabendo que a tristeza tanto do amigo quanto da sobrinha fora causado por sua causa, mas o arrependimento foi passageiro e a vida segui em frente.

Enquanto Garibaldi travava árduas lutas, Manoela definhava cada vez mais trancada em seu quarto, esperando o dia que Garibaldi iria entrar pela porteira e levá-ala dali.

O tempo foi passando e o amor de Manoela continuava a mesma, em momento algum pensou em constituir família. Sem nunca ter se apaixonado novamente.

Porém, com Garibaldi foi diferente. De corpo com ele estava Anita, moça que largara do marido para ficar com Garibaldi e que com ele tivera três filhos. Mas de alma sempre esteve com Manoela. Anita fleceu aos 28 anos. A partir dai Garibaldi decidiu que iria conhecer o mundo, pois afinal de contas quem havia sido prometida a outra fora Manoela. Mas em seu coração e  sempre estaria a memória de duas mulheres.

Enquanto isso Manoela, sozinha no mundo, pois sua mãe e tias já havia falecido. Sem marido e sem filhos, restava-lhe somente a memória, não mais do rosto, mas dos cabelos longos de seu amado Garibaldi.

Em uma bela noite de inverno, sem fogo na lareira, Manoela sente uma dormências no corpo e chama amorosamente por Garibaldi, quando vê uma luz entrando pelas janelas que ela jamais abriu. Sente a presença de Garibaldi e pede para que ele não a abandone nunca mais.

É exatamente assim o fim da vida de Manoela.

No dia seguinte quando os vizinhos abriram o jornal a manchete era a seguinte: “Morreu a noiva de Garibaldi”.

Ao longe ouvia-se uma voz amarga: “Tu que foste infeliz, por ter sido destinada a outro homem”.




Opiniões dos leitores:

 Adorei ler esse livro, em primeiro lugar o amor de Manoela e Garibaldi não é aquele tipo de amor super romantico, mas é sincero e durou por toda a eternidade. Um livro como esse de Josué Guimarães com um cunho histórico, que nós sabemos fazer parte dela é muito bom. Além de tudo é muito incrível poder descobrir que existirar homens e mulheres que lutaram pelos seus ideais, e o que mais entristece é saber que as pessoas já não pensam, nem agem mais daquela forma.

Resumo do livro Garibaldi e Manuela uma história de amor



Este é um romance épico, totalmente impregnado do romantismo tão ao gosto do séc. XIX, onde a trama e as personagens que a compõem lembram o intemporal Guerra e Paz de Leon Tolstoi.

O romance trata, essencialmente, da perseguição de um sonho, de um ideal: o da liberdade (para os escravos do Rio Grande do Sul) e o da autonomia e independência de um território face ao poder imperial que sangra os produtores da região com impostos e tarifas alfandegárias.

Bento Gonçalves da Silva começa por contestar a política econômica do imperador do Brasil em 1835 e acaba por encabeçar uma guerra tão longa e tão trágica quanto aquela que foi cantada por Homero.

Curiosamente, Bento Gonçalves – líder da Revolução Farroupilha e, temporariamente, presidente da República do Rio Grande do Sul, contou com o auxílio de uma personagem mítica na história da Europa moderna, que desempenhou um papel fundamental na unificação da Península Itálica: Giuseppe Garibaldi.

Garibaldi chega à Estância da Barra (o cenário principal onde decorre a ação e que é propriedade de Ana, irmã mais velha de Bento) com o objetivo de construir os barcos fluviais para exercer a atividade de corsário ao serviço da República riograndense. E aí conhece Manuela….


… 
Garibaldi e Anita buscam refúgio em San Marino.













GUERRA  DOS FARRAPOS





O que foi


- Também conhecida como Revolução Farroupilha, A Guerra dos Farrapos foi um conflito regional contrário ao governo imperial brasileiro e com caráter republicano. Ocorreu na província de São Pedro do Rio Grande do Sul, entre 20 de setembro de 1835 a 1 de março de 1845.


Causas:


- Descontentamento político com o governo imperial brasileiro;
- Busca por parte dos liberais por maior autonomia para as províncias;
- Revolta com os altos impostos cobrados no comércio de couro e charque, importantes produtos da economia do Rio Grande do Sul naquela época;
- Os farroupilhas eram contrários a entrada (concorrência) do charque e couro de outros países, com preços baratos, que dificultada o comércio destes produtos por parte dos comerciantes sulistas.


Os desdobramentos do

conflito


- Em setembro de 1835, os revolucionários, comandados por Bento Gonçalves, tomaram a cidade de Porto Alegre, forçando a retirada das tropas imperiais da região.
- Prisão do líder Bento Gonçalves em 1835. A liderança do movimento passa para as mãos de Antônio de Souza Neto.
- Em 1836, os farroupilhas obtem várias vitórias diante das forças imperiais.- Em 11 de setembro de 1836 é proclamada, pelos revoltosos, a República Rio-Grandense. Mesmo na prisão, os farroupilhas declaram Bento Gonçalves presidente.
- No ano de 1837, após fugir da prisão, Bento Gonçalves assume de fato a presidência da recém-criada República Rio-Grandense.
- Em 24 de julho de 1839, os farroupilhas proclamam a República Juliana, na região do atual estado de Santa Catarina.


O fim do movimento


- Em 1842, o governo imperial nomeou Duque de Caxias (Luiz Alves de Lima e Silva) para comandar uma ação com objetivo de finalizar o conflito separatista no sul do Brasil.
- Em 1845, após vários conflitos militares, enfraquecidos, os farroupilhas aceitaram o acordo proposto por Duque de Caxias e a Guerra dos Farrapos terminou. A República Rio-Grandense foi reintegrada ao Império brasileiro.

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